sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A homenagem que faltou

*Acadêmico Prof. José Geraldo de Souza.Artigo lido em sessão da Alca – Academia de Letras, Ciências e Artes de Santa Rita do Sapucaí, realizada em 03 de dezembro de 2011.

O Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos e Eletrônicos do Vale da Eletrônica (Sindvel) completou, no último dia 25 de novembro, um conjunto de eventos e promoções comemorativo dos 25 anos desse nosso Vale da Eletrônica.

Como membro desta Academia pelo ramo da Ciência, proponho que se registre aqui um voto de congratulações pelo jubileu de prata dessa inestimável iniciativa de transformação social, desse oportuníssimo projeto de industrialização do município de Santa Rita do Sapucaí.

Entretanto, cumpre-me também registrar aqui uma homenagem que faltou, no ramalhete das homenagens prestadas às mais variadas personalidades e entidades, durante os festejos dos 25 anos do Vale da Eletrônica.

A homenagem que não foi prestada faltou ou por esquecimento ou por equívoco histórico ou por descuidado.

Se faltou a homenagem por esquecimento, o fato é lamentável. Mas o esquecimento é fraqueza humana e pode ser desculpado e perdoado.

Se faltou a homenagem por um equívoco histórico, o fato é preocupante. A História é mestra, é escola para o hoje e para o amanhã. O equívoco histórico é desvio do aprender, é “cola” na escola. Preocupa porque é possibilidade de desvio da verdade histórica.

Porém, se faltou a homenagem por descuidado, o fato é grave. O cuidado é procedimento que atinge, frontalmente, as pessoas; daí ser o cuidado uma atitude e um procedimento éticos. O descuidado é o oposto do cuidado, é o contrário do cuidado: daí ser o descuidado um procedimento não ético, daí o fato ocorrido ser grave. Mais do que o esquecimento lamentável, mais do que o equívoco histórico preocupante, a gravidade do descuidado reside na possibilidade de ele ser conveniente para transformar o equívoco histórico num fato histórico.

Seja qual for a razão que explica a homenagem que faltou, temos ainda a oportunidade de realizá-la, mesmo fora dos festejos dos 25 anos do Vale da Eletrônica.

Desta tribuna da Academia de Letras, Ciências e Artes de Santa Rita do Sapucaí e sem a pretensão de querer corrigir esquecimento, equívoco ou descuidado, uso a oportunidade para apenas lembrar e reverenciar uma pessoa que, historicamente, personifica a criação do Vale da Eletrônica: PAULO FREDERICO DE TOLEDO, o Paulinho Dentista.

Orientado na vida pelo lema de que “Quem não vive para servir não serve para viver”, o Prefeito Paulinho cumpriu esse lema na vida e na administração pública e realizou-o na criação do Polo Tecnológico de Santa Rita do Sapucaí, o Vale da Eletrônica, que transformou, positivamente, a realidade do nosso município.

Desejo que estas palavras ressoem aqui em homenagem que lá faltou ao Paulinho Dentista, o Prefeito Paulo Frederico de Toledo, o criador destemido do Vale da Eletrônica há 25 anos.

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